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  • Renan Leopoldo

Amazon negocia novo galpão para ampliar suas operações no Brasil


O grupo americano Amazon.com está negociando um galpão de 50 mil m² nas imediações de São Paulo, mais precisamente no município de Cajamar, a 50 quilômetros da capital paulista, conforme foi informado à Reuteurs por fontes conhecedoras do assunto, à medida que a Amazon intensifica o seu impulso para o maior mercado de varejo da América Latina, o Brasil.

Segundo documento obtido pela agência de notícias, em 4 de outubro do ano passado, a Amazon se registrou na prefeitura de Cajamar com o objetivo de exercer atividade econômica na região, citando o ramo de comércio varejista especializado e um capital social em torno de R$ 257,9 milhões.

O investimento em logística, que seria quatro vezes o tamanho de sua atual operação de frete de livros no país, é um sinal que o varejista online poderá lidar em breve com a distribuição de produtos eletrônicos e outras mercadorias vendidas em seu site brasileiro.

Esse seria o primeiro passo desse tipo para a Amazon na maior economia da América Latina, onde ela atualmente dispõe de terceiros para enviar seus próprios produtos vendidos no marketplace, o que aumenta a importância dessa grande renovação do comércio eletrônico no Brasil.


Cenário no Brasil

Embora aproximadamente dois terços dos 209 milhões de pessoas do Brasil tenham acesso à internet, o varejo online demorou para deslanchar no início, em meio a preocupações com a segurança e complicações com impostos e logística no país de extensão continental.

O e-commerce representa por volta de 5% do mercado de varejo do Brasil, aproximadamente US$ 300 bilhões – cerca de metade da parcela dos Estados Unidos –, mas esse número dobrou nos últimos quatro anos e a previsão é que continue crescendo anualmente, em um ritmo de dois dígitos.

Agora, a Amazon, que expandiu em outubro seu negócio de livros no Brasil para eletrônicos, está se preparando para disputar com seus concorrentes, como as campeãs de vendas em e-commerce Mercado Livre e a B2w Companhia Digital, sendo a última controlada indiretamente por parceiros do grupo 3G Capital, de capital privado.

“Obviamente você não pode subestimar uma empresa como a Amazon”, afirma Pedro Guasti, CEO da Ebit, empresa de consultoria online brasileira. “Ela tem uma enorme capacidade de investir e, obviamente, está abocanhando uma fatia de bolo maior que a do ano passado”.


Concorrentes da Amazon

O Mercado Livre Inc, a B2w e a varejista local Magazine Luiza SA superaram a Amazon, armazenando e enviando produtos que aparecem em seus sites, mesmo quando oferecidos por terceiros, para assegurar a velocidade e a satisfação do cliente.

A Amazon, em contrapartida, tardou a resolver os desafios de expedição em um país onde logística complicada e questões tributárias tornaram, há muito, o e-commerce um negócio não lucrativo.

Após a Reuters informar que a Amazon estava de olho no novo espaço do armazém brasileiro, as ações do Mercado Livre despencaram 7%, enquanto as do Magazine Luiza caíram 5% e a rival Via Varejo SA chegou a ter uma queda de 6%. Todas as três fecharam o dia com queda em torno de 3%. A B2W perdeu aproximadamente 8,5% e fechou com um percentual 7% menor.

“Os mercados ficam temerosos quando vêem um investimento da Amazon”, disse um comerciante brasileiro. “Existe o medo de que a empresa fique mais agressiva com sua estratégia no Brasil”.


Contraste Mexicano

No México, a Amazon já adotou uma abordagem mais agressiva, lançando seu mercado de terceiros juntamente com o seu próprio serviço de frete, o Fulfillment by Amazon, em 2015.


O contraste foi absoluto. Quase 20% das avaliações no mercado brasileiro da Amazon são negativas, em comparação com 10% no México e apenas 4% nos Estados Unidos, de acordo com a Marketplace Pulse, empresa de análises de e-commerce.

As reclamações no Brasil frequentemente se concentram em atrasos ou cancelamento de pedidos – um problema que foi drasticamente reduzido em outros países, nos quais a Amazon embala e envia os pedidos de produtos de terceiros, armazenados em seu próprio depósito.

Um dos primeiros sinais do impulso logístico da Amazon no Brasil foi a publicação no LinkedIn ano passado de uma listagem com mais de uma dúzia de empregos na área de distribuição no país, incluindo Site leader, Fulfillment Center. O novo depósito no município de Cajamar, aparenta ser mais um passo nessa direção.

A empresa de logística Prologis Inc., localizada em São Francisco, ofereceu um espaço de 50.000 metros quadrados à Amazon, em um novo parque industrial que hospeda a DHL e a Samsung, de acordo com fontes, que afirmaram que a mudança estaria prevista para fevereiro.

Os preparativos no Brasil começaram quando a Luft, atual operadora logística da Amazon para o mercado de livros, preparou uma mudança para outra localização da Prologis, que contém entre seus locatários multinacionais como Walmart e UPS., deixando sua atual instalação de 12 mil metros quadrados na cidade de Barueri.

A Amazon informou que não comenta especulações e a Prologis, que também associou-se à empresa de comércio eletrônico em um mega depósito ao norte da cidade do México no ano passado, recusou-se a comentar o assunto.


Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/novo-galpao-da-amazon-no-brasil/

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